Há algum tempo, a palavra resiliência
deixou o campo da Física e ganhou importância como atributo pessoal em
processos de seleção e de avaliação de profissionais.
Usado para identificar aquelas pessoas que conseguem superar
dificuldades e desafios e se fortalecerem partir destas situações
adversas, o conceito de resiliência sempre esteve ligado à capacidade de
flexibilidade de objetos e materiais que voltam ao estado natural após
sofrerem pressão, como é o caso de uma mola, por exemplo.
A importância da resiliência para carreira é grande.
“No fim do dia, quem cresce na empresa, além de ter competência, é quem, de fato, é resiliente”
os altos níveis de cobrança por resultados e a competitividade presente
nas organizações justificam a necessidade de pessoas resilientes. “A
gente leva muita pancada. Vivemos situações que poderiam nos frustrar
todos os dias”, diz o consultor e palestrante
Guto Zafalon.
Confira quais são os pilares comportamentais em jogo na resiliência:
1 Encarar mudanças e dificuldades como oportunidades
É o que o teste EPR identifica como aceitação positiva de mudança,
“É aceitar que a mudança é uma oportunidade de crescimento, ter a visão
de que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade”.
2 Autoconfiança
É um comportamento relacionado à segurança que o profissional tem
para encarar as diversas situações que se apresentam. “É a pessoa se
sentir confiante para enfrentar desafios”.
3 Autoeficácia
Refere-se à percepção que a pessoa tem da sua própria capacidade. “É
acreditar na competência, se sentir capaz”. Muitas vezes a pessoa pode
até não ter potencial alto de inteligência, mas se tiver autoeficácia,
vai se esforçar além do normal o que acabará compensando eventuais
deficiências.
4 Bom Humor
Neste contexto é analisada a capacidade que a pessoa tem de usar o bom
humor para lidar com momentos de stress. “As pessoas que tem bom humor
se esforçam para tornar o ambiente mais leve em situações difíceis”.
5 Controle emocional
Ataques de ira não são próprios das pessoas flexíveis. “Uma reação desproporcional mostra uma falta de resiliência”
O controle emocional permite ao profissional agir com mais calma e a
não perder o foco. “Quem tem autocontrole consegue expressar
adequadamente sua emoções o que permite enfrentar melhor situações
difíceis”.
6 Empatia
Manter um comportamento resiliente pede uma boa dose de empatia.
Saber se colocar no lugar do outro é essencial para minimizar e
solucionar conflitos, segundo os especialistas. “No ambiente de
trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e
frequentes, por isso a importância da empatia é extrema”.
7 Independência
É um conceito bastante próximo da autonomia, de acordo com Guto
Zafalon. Pessoas independentes não se isolam mas também não são
dependentes dos outros para desenvolver suas tarefas, atividades e
projetos. “É não ter o receio de travar, de empacar”, diz Keiserman.
8 Otimismo
O nome técnico deste comportamento na EPR é orientação positiva para o
futuro. Ou seja, as pessoas com esta característica têm esperança no
que está por vir em suas vidas. “Mas não significa que não se preocupem
com o futuro”.
9 Reflexão
Ter a capacidade de analisar e refletir quando o mundo esta desabando
ao seu redor é um dos pilares que apoiam uma pessoa de atitude
resiliente, de acordo com Guto Zafalon. Geralmente pessoas assim
conseguem encontrar as melhores soluções para os problemas.
10 Sociabilidade
Está ligada ao bom relacionamento interpessoal. Quem tem esta
característica consegue criar vínculos com as outras pessoas. Quem
desenvolve a sociabilidade apoia a equipe e é apoiado por ela.
11 Valores positivos
Pessoas que seguem seus valores e princípios acabam sendo mais
resilientes, de acordo com Zafalon. Segundo ele, não se trata de qual
valor a pessoa tem e, sim, da importância que ela dá a eles. “Cada um
tem seus próprios valores, ter essa orientação é que é muito importante”